O que você irá aprender:
1. TECIDOS
O conhecimento do tecido é importante quando se vai montar uma peça. Use o conhecimento é adquirido na disciplina de tecnologia Têxtil para escolher o melhor tecido para seus trabalhos. Não se esqueça de olhar a composição e anota-la na ficha técnica.
Urdume: fio vertical, paralelo á ourela, possui menos elasticidade. A roupa cortada no sentido do urdume é dita “cortada no fio”. Este sentido dá à roupa um aspecto menos volumoso.
Trama: sentido horizontal, perpendicular à ourela, possui mais elasticidade. Raramente se corta uma roupa na trama, com exceção dos tecidos que possuem barra neste sentido.
Viés: sentido diagonal em relação à ourela possui mais elasticidade que a trama. Uma peça cortada no sentido do viés tem o caimento mais suave.
PREPARAÇÃO DO TECIDO
Quando compramos um tecido geralmente os vendedores rasgam o mesmo puxando por uma das pontas e isso faz com que as beiradas fiquem desiguais, sendo preciso acertá-las.
O tecido também pode ter sofrido alguma distorção na fábrica, de modo que a trama e o urdume não estejam perfeitamente perpendiculares. Neste caso, é preciso fazer o alinhamento dos fios.
É muito importante tomar todos estes cuidados para corrigir as distorções do tecido antes de cortá-lo, porém, devemos ter conhecimento de que nem sempre é possível fazer tais correções. Alguns tecidos como os que possuem acabamento à prova d’água, vinco permanente ou forro colado, não permitem que seja feito este realinhamento da trama. No caso de tecidos que têm a tendência para encolher ou quando se tem a intenção de fazer uma peça com dois ou mais tecidos diferentes, é aconselhável molhar estes tecidos e deixá-los secar à sombra antes de cortar. Quando o tecido estiver muito enrugado é importante passar a ferro, para que não ocorra qualquer alteração do molde.
ESTRUTURA DOS TECIDOS
Todos os tecidos de tear são produzidos pelo entrelaçamento de dois tipos de fios: os da teia (dispostos no sentido do comprimento) e os da trama (no sentido da largura). Os fios da teia são dispostos perpendicularmente aos da trama. A estrutura do tecido pode ser modificada alterando o padrão de entrecruzamento da teia e da trama. Existem três tipos fundamentais de estruturas – tafetá, sarja e cetim -, sendo o restante, em sua maioria, variantes destes três tipos, com exceção da estrutura Jacquard.
Devido à sua estrutura ou ao seu acabamento, os tecidos mais finos e delicados exigem cuidados especiais. O conhecimento das características destes tecidos é importante para determinar o modelo, o tipo de acabamento e os equipamentos e utensílios adequados.
Conhecer as principais estruturas dos tecidos é de grande utilidade para que você saiba identificar um tecido, mesmo que não haja nenhuma informação mais específica na etiqueta de fábrica, pois nomes dados aos tecidos variam muito de fabricante para fabricante. Saber qual a estrutura do tecido pode ser de grande utilidade para decidir a sua utilização, o seu manuseio e que tipos de acabamentos poderão ser feitos na peça a ser confeccionada.
Estrutura tafetá: esta é a estrutura mais simples, onde os fios da trama passam alternadamente sobre e sob os fios da teia. A tenacidade varia em função da resistência dos fios e da compacidade da sua estrutura. Exemplos: tafetá, musselina, voile, percal. | |
Estrutura sarja: é uma das estruturas fundamentais em que o fio da trama passa no mínimo sobre dois fios da teia e no máximo sobre quatro.Em cada nova passagem a trama avança uma unidade para a direita ou para a esquerda, formando uma estria em diagonal. Exemplos: sarja, gabardine, danine. | |
Estrutura cetim: cada fio da teia passa sobre quatro a oito fios da trama, numa disposição em zig-zag. Exemplos: cetim, peau de soie, sablé. | |
Estrutura jacquard: esta estrutura é conseguida por meio de uma mecânica Jacquard, que controla separadamente os fios da teia e da trama de modo a formar desenhos elaborados na superfície do tecido. Exemplos: damasco, brocado, tecidos para decoração. | |
Estrutura com pêlo: obtém-se acrescentando um fio de trama a uma estrutura de tafetá ou sarja. Este fio surge então no meio do tecido sob a forma de laçadas, que podem ser cortadas ou aparadas. Exemplos: veludo, pelúcia, imitação de peles. | |
Estrutura de brocado: nesta estrutura, um fio da trama forma um desenho sobre a superfície da estrutura de base. Este fio segue pelo avesso, de um desenho para o outro, sendo cortado no final da tecelagem. Exemplo: cambraia suíça. | |
Enredamento: esta estrutura forma nós nos pontos em que os fios se interceptam, formando uma teia. É a estrutura encontrada nas rendas em geral. Exemplos: tule, filó, parte em rede das rendas. | |
Estrutura cesto: variante da estrutura tafetá. Nesta estrutura cruzam-se fios duplos ou múltiplos, os quais são colocados lado a lado sem que sejam submetidos à torção. É uma estrutura menos firme e menos durável que a estrutura tafetá. | |
Estrutura Gaze: nesta estrutura os fios da teia alternam-se na sua posição, tomando a forma de um oito em torno dos fios da trama. |
A COMPRA DO TECIDO
Ao comprar um tecido verifique os critérios abaixo:
COMO RECONHECER O AVESSO E O DIREITO DO TECIDO
Sempre devemos identificar o direito do tecido antes de cortar uma peça, pois o risco deve ser feito sempre pelo avesso. Nos tecidos que são enrolados em peça ou tubos, o direito está sempre para dentro e você deve observar isso quando estiver comprando. Outras formas de identificação são:
2 – COMO TRABALHAR COM TECIDOS DELICADOS
TECIDOS COM PÊLO
Estes tecidos pertencem ao grupo de estrutura com pêlos. Há uma rica variedade deste tipo de tecido, podendo ser de fibras naturais ou artificiais. Podem ser veludos, pelúcia, peles ou imitação de peles. Podem ter pêlo curto, com a superfície aveludada, com pêlos com menos de 3mm; ou pêlo longo com superfície com pêlos com mais de 3mm. Cada tipo deste tecido precisa de cuidados específicos. Os veludos podem ser feitos de seda, de acetato e ou de raiom.
Risco e corte
Montagem
Passar a ferro
TECIDOS LISOS E TRANSPARENTES
Risco e corte
Montagem
Passar a ferro
TECIDOS COM ELASTANO
Atualmente a Indústria Têxtil tem produzido tecidos finos como crepes, veludos e rendas com fios de elastano, para dar mais aderência e conforto às roupas mais sofisticadas. Porém, a utilização destes tecidos é bem mais difícil. São precisos alguns cuidados no corte e na montagem das peças feitas com tecidos que contenham fios de elastano.
Risco e corte
Montagem
Passar a ferro
TECIDOS COM FIOS METÁLICOS
Os tecidos para noite ganham um glamour a mais quando têm em sua trama fios metálicos, o que lhes confere brilho e um aspecto luxuoso. Estes fios metálicos são geralmente muito frágeis e é preciso atenção para não danifica-los.
Risco e corte
Montagem
Passar a ferro
RENDAS
A renda é um tecido de trama muito aberta, geralmente combina estrutura de enredamento e bordados com ou sem relevo. As rendas podem ser leves ou pesadas.
Risco e corte
Montagem
Passar a ferro
3 – RELAÇÃO TECIDO, AGULHA, LINHA E PONTO
Para obter os melhores resultados, escolha sempre uma agulha de número e ponta adequados ao tecido. A agulha mais fina é de nº 9 e a mais grossa é de nº 18. Quanto mais leve o tecido, e mais fina a linha, mais fina deverá ser a agulha. Você deve ter em mente que cada máquina de costura tem o seu tipo específico de agulha, portanto, antes de colocar a agulha procure ter certeza de que esta é adequada à máquina. Existem também agulhas duplas ou triplas, para fazer costuras decorativas.
Partes da agulha:
Tipos de pontas:
O quadro abaixo tem as indicações de agulhas, linhas e comprimento de pontos adequados aos vários tipos de tecidos:
Peso e tipo de tecido
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Linha
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Comprimento do ponto
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Agulha
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Tipo
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Tamanho
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Delicado – tule, chiffon, renda fina, organza, veludo de seda.
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Linha fina de poliéster, náilon ou algodão.
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1 – 1,5
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2020 15 x 1
|
9
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Leve – cambraia, organdi, voal, tafetá, crepe, veludo de seda, plástico fino, cetim, seda macia, palha de seda, shantung, brocado.
|
Poliéster misto com algodão 100% poliéster Algodão mercerizado 50 Náilon “A” Seda “A”
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1 – 1,5
|
2020 15 x 1
|
11
|
Médio – algodão leve, linho, madras, percal, pique, chitz de linho, faile, veludo cotelê fino, veludo de algodão, casimira, vinil, tecidos de veludo, lã fina, sarja.
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Poliéster misto com algodão 100% poliéster Algodão mercerizado 60 Algodão 60 Seda “A” |
1,5 – 2
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2020 15 x 1
|
14
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Médio-pesado – gabardine, tweed, lona, linha ou algodão grosso, sarja de Nîmes, tecidos para casacos, tecidos de cortinas, vinil, tecidos reforçados, algodão cotelê, tecido trama fechada.
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Poliéster misto com algodão 100% poliéster Algodão mercerizado grosso Algodão 40 a 60
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1,5 – 2
|
2020 15 x 1
|
16
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Pesado – tecidos para sobretudo, tecidos de estofamento, lona grossa.
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Poliéster misto com algodão Algodão mercerizado grosso Algodão 40
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3 – 4
|
2020 15 x 1
|
18
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Malhas e tecidos elásticos – malhas duplas, malhas fechadas, spandex, tricô de náilon, tricô oleado, jérsei, pelúcia aveludada, veludo tipo helanca.
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Poliéster misto com algodão 100% poliéster Náilon “A” Algodão mercerizado 50 Seda “A”
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2,5 – 3
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2045 Ponta redonda (faixa amarela) |
14
|
Couros – camurça, pelica, couro verniz, cobra, couros forrados, couros naturais e couros sintéticos.
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Poliéster misto com algodão 100% poliéster Algodão mercerizado 50 Náilon “A” Seda “A”
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2,5 – 3
|
2020 15 x 1 Ponta facetada
|
11 14 16 |
Fonte: O novo livro da costura SINGER
4 – RISCO E CORTE
Esta etapa é uma das mais delicadas na confecção de uma peça de vestuário, pois se deve proceder minuciosamente no risco e no corte das partes do molde, para que estas realmente se encaixem na montagem. Quando o molde é mal cortado, dificilmente a peça cairá bem e seria muito complicado fazer correções.
Como utilizar as peças do molde
Como prender o molde ao tecido
Processos de marcação
A marcação consiste em transferir as indicações do molde para o tecido. Deve-se marcar as linhas de costura, as pences, os pontos de encontro, as partes que serão dobradas, etc. As marcações podem ser feitas com carbono e carretilha, ou giz.
Para marcar com carretilha e papel carbono, coloque o papel carbono sobre o avesso do tecido e por cima deste o molde correspondente. Em seguida passe a carretilha seguindo todas as marcações contidas no molde, para reproduzi-las no tecido. Este processo de marcação é aconselhável para tecidos lisos e opacos.
Para marcar com giz, uma o tecido à parte do molde correspondente, em seguida, espete alfinetes por cima de cada marcação. Faça as marcações com o giz seguindo o caminho dos alfinetes. Este método é aconselhável para tecidos mais delicados ou multicoloridos, onde a marca do carbono não seria muito visível.
Como cortar
Antes de cortar certifique-se se é necessário dobrar o tecido. Em caso afirmativo, isto deve ser feito com o máximo de precisão, unindo as ourelas perfeitamente, prendendo-as com alfinetes. Verifique também se há alguma falha de fabricação no tecido, para não cortar uma das partes do molde neste local. Lembre-se de sempre dobrar o tecido unindo direito com direito.
Para cortar o tecido perfeitamente, mantenha o tecido bem esticado sobre uma superfície lisa adequada para o corte e siga as orientações alistadas abaixo:
5 – PASSAR A FERRO
No processo de montagem de uma peça de vestuário, é muito importante passar a ferro à medida que se costura. Pode ser uma coisa dispensável, porém, isto irá garantir o bom caimento da peça e evitará qualquer defeito de montagem. Para isso, deve-se ter alguns cuidados:
5 – ACABAMENTOS FINOS MANUAIS
Escolha uma agulha que seja adequada ao tecido. Para fazer os pontos a seguir, prefira agulhas mais finas e curtas para pontos pequenos, e mais longas para alinhavos. Costure com linha relativamente curta, de 45 a 60 cm para costuras definitivas. Para os alinhavos, pode ser usada uma linha maior. A linha só deverá ser dobrada para pregar botões e colchetes. Para alinhavar e fazer marcações, utiliza-se linhas de cores claras, que façam um certo contraste no tecido. As linhas muito escuras podem deixar marcas no tecido. A seguir, estão os mais utilizados pontos à mão.
BAINHAS
Para fazer bainhas viradas, dobre na altura desejada, marque e pregue os alfinetes perpendicularmente à dobra, passando um alinhavo, não esquecendo de que a bainha deve ter uma altura uniforme. Passe a bainha a ferro e costure com um dos pontos de bainha. A seguir, estão os pontos mais utilizados para fazer bainhas à mão. De acordo com o tecido, deve-se escolher o ponto que mais se aplica ao resultado desejado para a peça.
5 – ACABAMENTOS FINOS MANUAIS
Escolha uma agulha que seja adequada ao tecido. Para fazer os pontos a seguir, prefira agulhas mais finas e curtas para pontos pequenos, e mais longas para alinhavos. Costure com linha relativamente curta, de 45 a 60 cm para costuras definitivas. Para os alinhavos, pode ser usada uma linha maior. A linha só deverá ser dobrada para pregar botões e colchetes. Para alinhavar e fazer marcações, utiliza-se linhas de cores claras, que façam um certo contraste no tecido. As linhas muito escuras podem deixar marcas no tecido. A seguir, estão os mais utilizados pontos à mão.
BAINHAS
Para fazer bainhas viradas, dobre na altura desejada, marque e pregue os alfinetes perpendicularmente à dobra, passando um alinhavo, não esquecendo de que a bainha deve ter uma altura uniforme. Passe a bainha a ferro e costure com um dos pontos de bainha. A seguir, estão os pontos mais utilizados para fazer bainhas à mão. De acordo com o tecido, deve-se escolher o ponto que mais se aplica ao resultado desejado para a peça.
6- ACABAMENTOS FINOS À MÁQUINA
COSTURAS ABERTAS
Costuras com borda rebatida: este acabamento é indicado para tecidos leves e de peso médio, em peças que não levam forros.
Costura debruada com viés: indicada para uma peça em tecido médio ou pesado que não seja forrada.
COSTURAS FECHADAS
Costura francesa: indicada para tecidos transparentes nos quais as costuras são visíveis do lado de exterior da peça.
Costura tombada: esta costura é útil para reforçar e dar mais resistência a uma parte da peça.
Sobrecostura: esta costura é muito resistente e proporciona durabilidade à peça.
Costura debruada em si mesma: esta costura dispensa qualquer acabamento e dá melhor resultado em tecidos leves que não desfiem facilmente.
Costura debruada com viés: indicada para uma peça em tecido médio ou pesado que não seja forrada.
BAINHAS
As bainhas à máquina são mais práticas e rápidas, proporcionando também muita resistência. Por outro lado podem não cair tão bem em uma peça mais social, por dar um aspecto mais informal à roupa. Abaixo estão apenas alguns dos tipos de bainhas feitas à máquina. Além destes, também há bainhas coladas, reforçadas, debruadas, etc. Para saber mais, você pode consultar um dos livros da bibliografia indicada.
Bainhas com ponto invisível: arremate resistente e relativamente discreto é uma alternativa para peças mais delicadas. Só é possível fazer em máquinas que dispõem deste tipo de ponto.
Bainha em rolinho: é uma bainha delicada e estreita indicada para tecidos delicados.
Bainha simples: é uma bainha comum, indicada para tecidos médios ou pesados.
Bainha postiça: esta bainha é indicada para peças que não têm um corte reto e não é possível dobrar a borda.
CASAS
As casas de botão podem ser verticais ou horizontais. O comprimento da casas deve ser igual ao diâmetro do botão, mais a sua espessura. As casas podem ser debruadas ou bordadas à máquina.
Casa debruada: este tipo de casa é indicado para tecidos leves e de peso médio que não desfiam e que vincam bem.
Casa bordada à máquina: é o tipo mais comum de casa, indicada para a maioria dos tecidos.
7- PRINCÍPIOS DE COMPOSIÇÃO DO VESTUARIOS
Para trabalhar com roupas mais elaboradas é importante conhecer os princípios de composição do vestuário. Neste nicho de mercado, este tipo de peça é desenvolvido para clientes específicos que estão dispostos a pagar um preço mais elevado para ter uma roupa mais personalizada. Por isso, quem vai atender este clientes deve levar em consideração uma série de aspectos antes de fazer o projeto de uma roupa.
Estas regras não precisam necessariamente ser seguidas a risca, porém, é bom lembrar que em algumas ocasiões, não raro, há uma exigência de traje a rigor, muitas vezes expressa no próprio convite do evento. Cabe ao estilista usar a sua criatividade para elaborar peças interessantes dentro da realidade de sua clientela.
Os princípios da composição do vestuário levam em conta os seguintes aspectos:
PROPORÇÃO – significa manter as relações coerentes de dimensão das peças que comporão o “look”.
HARMONIA – tornar um “look” harmônico é fazer com que este tenha um aspecto visual agradável.
OCASIÃO – as ocasiões estão classificadas em:
ETIQUETA NO VESTIR
Trajes Masculinos
Esporte: camisa sem gravata ou suéter de malha.
Esporte Completo: acrescenta-se o blazer ou paletó esportivo
acompanhado de gravata esporte.
Passeio Completo: terno padrão único para homens mais formais.
Recepção: terno escuro, camisa branca, gravata discreta. Rapazes ou
homens jovens que queiram sair mais descontraídos tendem a abolir a
gravata, usando camisa lisa e camiseta branca.
Para Entrevistas: opte por roupas sóbrias, não usando e nem
misturando cores vivas. O sapato deve combinar com o cinto, e nunca use
meias claras com calças escuras.
Trajes femininos
Esporte: calça comprida, bermuda. Saia e blusa. Não se deve usar este
tipo de roupa em cerimônias oficiais.
Esporte Completo: são os tailleurs, vestidos e chemisier.
Passeio Completo: usa-se vestido, tailleur, sapato scarpin; pode
acompanhar uma bolsa pequena combinando com o sapato e/ou cinto.
Recepção: o traje de recepção é feito por vestidos de deux pièces
(saia/blusa, ou tailleur) em tecidos nobres.
Para entrevistas: evite roupas decoradas ou curtas, prefira roupas
sóbrias e discretas; evite as roupas de tecidos transparentes ou muito justas.
TIPO FÍSICO
Além da ocasião em que a roupa será usada, deve-se levar também em consideração o tipo físico ou biótipo do cliente a fim de fazer com que a roupa lhe caia bem. Os principais biótipos são:
8. COMO RECONHECER O TIPO DE SILHUETA
A silhueta varia de pessoa para pessoa. A estatura é uma das indicações do tipo de silhueta, juntamente com o comprimento do tronco e a localização da linha do busto, da cintura e do quadril.
COMO ADEQUAR O MODELO AO TIPO DE SILHUETA
Para favorecer a silhueta, além de escolher o tecido mais adequado, devemos atentar para quatro elementos básicos: a linha, o detalhe, a textura e a cor. Cada um destes tem o poder de criar ilusões, porém, para tirar partido destes efeitos, é necessária uma análise realista do tipo de figura e decidir que características podem ser realçadas ou disfarçadas.
As linhas principais de uma peça de vestuário são aquelas que formam a silhueta ou linha de contorno. Podemos distinguir quatro tipos de formas: justo, semijusto, ligeiramente solto e solto. Uma peça justa ao corpo realça os contornos, enquanto que quanto mais solta a roupa, mais despercebida ficará a forma do corpo. Na elaboração de modelos sob medida, deve-se procurar o equilíbrio e a harmonia – a relação esteticamente agradável entre todos os elementos.
LINHAS ESTRUTURAIS
As linhas interiores de uma peça podem conferir uma nova dimensão à silhueta. Cada tipo de linha influencia de modo particular uma figura. Os nossos olhos tendem a se mover numa determinada direção – da esquerda para a direita e de cima para baixo. Existem alguns princípios gerais quanto à utilização das linhas:
DETALHES
Detalhes como mangas, golas, decotes e bolsos podem ter muita importância. A sua correta localização é que fará a harmonia da peça. Podem ter as seguintes finalidades:
COR E TEXTURA
Em geral as cores quentes, intensas e claras “avançam”, fazendo a figura parecer maior e as cores frias, discretas e escuras “recuam” fazendo-a parecer mais esguia.
A textura afeta igualmente de forma decisiva as dimensões da figura. As características descritas como textura podem ser o brilho ou a opacidade, o toque áspero ou macio, a rigidez ou maleabilidade, o peso e encorpamento que determinam o caimento do tecido.
As texturas granulosas e felpudas são mais volumosas e dão um aspecto mais pesado à figura. Um tecido rígido pode fazer a figura parecer maior, por outro lado, uma tecido maleável adere mais ao corpo e pode fazer parecer menor. As cores são divididas em quatro grupos principais:
QUADRO DE COMBINAÇÕES HARMÔNICAS DE CORES
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Cor
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Atenuado
|
Enriquecido
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Vermelho Verde Azul Laranja Amarelo |
Cinza, Bege, Branco, Preto Cinza, Bege, Branco, Preto Bege, Areia, Branco, Preto Cinza, Branco, Preto Cinza, Branco, Preto |
Verde Vermelho Laranja Azul Violeta |
PROPORÇÃO
As relações entre as diferentes partes de um determinado modelo designam-se proporções. Estas partes podem ser definidas pelas linhas estruturais ou resultar da forma como são utilizadas a cor e a textura. O ideal é que as proporções estejam em harmonia entre si e em relação à figura.